A ROSINHA DOS LIMOES


A ROSINHA DOS LIMÕES
Artur Ribeiro
Quando ela passa
Franzina e cheia de graça
Há sempre um ar de chalaça
No seu olhar feiticeiro
Lá vai, catita
Cada dia mais bonita
E o seu vestido de chita
Tem sempre um ar domingueiro
Passa ligeira
Alegre e namoradeira
A sorrir p’ra rua inteira
Vai semeando ilusões
Quando ela passa
Vai vender limões à praça
E até lhe chamam, por graça
A Rosinha dos Limões
Quando ela passa
Junto da minha janela
Meus olhos vão atrás dela
Até ver, da rua, o fim
Com ar gaiato
Ela caminha apressada
Rindo por tudo e por nada
E, às vezes, sorri p’ra mim
Quando ela passa
Apregoando os limões
A sós com os meus botões
No vão da minha janela
Fico pensando
Que, qualquer dia, por graça
Vou comprar limões á praça
E, depois, caso com ela
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